quinta-feira, 22 de julho de 2010

Post Melancólico

nao caro imigrante, não dê risada, pois nesse post você deve expressar a sua tristeza, aquele sentimento que você tem guardado bem no fundo do seu coração, que dói na alma, uma dor inexplicavel que nem uma bala disparada de uma carabina calibre 12 faria o efeito dessa dor inconfundivel que habita o âmago de vossa pessoa.





Michael Jackson morreu, heath ledger também, todos os meus heróis morreram de overdose, estou me sentindo cada dia só, nessa estrada vazia, nessa vida vazia, uma estranha amargura vem brotando de dentro de mim, de dentro do meu ser, minha boca esta amarga, minha vida esta amarga, minha casa esta amarga, sei disso pois fiz questão de lamber todos os móveis que habita em minha residência, apenas um sentimento bate forte dentro de mim há anos, o sentimento da solidão, sim, estou me sentindo cada dia só nessa vida bandida, o sol que bate na janela deixa uma fresta de luz na sala fria e gélida da minha casa, mas essa fresta não é nada comparado a escuridão que me rodeia.





Pessoas vem, pessoas vão, pessoas te dão oi, pessoas te dão tchau, pessoas roubam a sua casa, acabaram de roubar a tv que ficava na sala, mas quem liga pra tv ? a tv é um tubo que te exibe mentiras, falsas vidas alegres, vidas de novela, enquanto a minha é real e amarga, estou sentado na sala com minha chícara de café frio, aí você me pergunta quem tomaria café frio, e te respondo que desde quando uma pessoa triste se importa em temperaturas de café, minha vida é tão fria, sou uma pessoa tão fria, que se eu tomasse café quente seria capaz de me dar um choque térmico, mas isso nao importa.





Estou navegando nesse mar de solidão, apenas eu, um pobre navegador desprezível com seu barquinho desprezível e com dois remos desprezíveis nas maos, faço muito esforço com esses remos, sinto que meu esforço é em vão, pois não tenho um rumo a seguir, estou apenas remando, alias, estou perdido nesse mar de solidão, fui pegar minha bussola para me localizar porém ela escorregou da minha mão e caiu no mar, mas que mundo injusto, nem pra segurar uma bussola direito eu presto, mas isso não é nada comparado ao estrago que um tubarão acabou de fazer do meu remo direito, ele arrancou metade do remo com uma só abocanhada, quase levou meu braço junto, agora sou uma pessoa triste, perdida no mar de tristeza sem uma bussola e com apenas um remo, e você ainda me pergunta se minha vida anda bem, claro que anda, as mil maravilhas, anda tão bem que estou me oferecendo agora mesmo aos tubarões, me devorem tubarões !! talvez dentro do seu enorme estomago eu terei uma vida bem melhor que essa, minha suplica esta sendo em vão, pois os tubarões não escutaram, nem sequer levantaram as barbatanas.





Mas voltando a vida real, onde eu estava ? ah sim, aqui estou, ainda na sala fria e escura de minha residência, pego meu casaco preto e saio da minha sala e caminho meio sem rumo, em direção a algum lugar que eu me sinta bem, mas eu nunca me sinto bem, melhor dizendo, um lugar que eu me sinta menos mal, ninguem nessa cidade me agrada, percebo que a solidão esta me acompanhando desde minha casa até essa rua onde estou, essa rua vazia, fria e gélida, sinto o vento bater nos meus cabelos, o vento também esta triste, ao mesmo tempo que ele bate em meu rosto sinto ele cochicando em meu ouvido suas suplicas, seus desabafos, suas tristezas, apenas um vento passageiro. Realmente não tem ninguem mesmo nessa cidade, sinto um vazio por onde passo, a cada olhar vejo uma cidade fria, coberta pela solidão, prédios abandonados, uma bola de feno acaba de passar por mim, sento no gramado do parque da cidade, embaixo de uma arvore, uma velha arvore, e fico contemplando suas poucas folhas secas caindo, agarro uma folha seca e fico contemplando sua solidão.





ah folhinha, você se parece tanto comigo, desolada, abandonada por essa arvore, você ja foi uma folha verde e bonita, agora não passa de um número, mais uma folha seca no meio de tantas outras folhas nesse gramado desolado, de repente sinto a tristeza tomando conta de mim e meus olhos se enchem de lagrimas, lagrimas de solidão, tento resistir as lagrimas porém é mais forte do que eu, tento olhar dentro de mim mesmo e enxergo a melancolia em forma humana, uma melancolia irremediavel, ainda com lagrimas nos olhos em me questiono, ó vida, por que fostes tão cruel comigo ? por que me presenteia com melancolia e solidão, sinto que não tenho mais o que fazer, meu destino será vagar sem destino levando esse peso dentro de mim, essa sensação, ó vida, será que na situação que me encontro tem como ficar pior ? você já não me castigou o bastante ?


o que mais além de todo essa angustia você tem a me dar ? a me presentear ? de repente vejo alguem caminhando em minha direção, uma garota, esta um pouco distante, e por um segundo meus olhos brilham, pois vejo alguem nessa cidade tão vazia, enfim achei alguem para me fazer companhia, um ombro amigo talvez, uma pessoa a quem eu possa colocar a cabeça em seu ombro e chorar, chorar meus prantos, uma pessoa em quem eu possa depositar todo o meu afeto, essa pessoa esta se aproximando porém ela tem um andar muito mas muito devagar, anda mancando, agora estou vendo que ela esta acompanhada de outras pessoas também, que estranhamente andam da mesma forma que ela, estão vindo em minha direção.



Pérae, não não pode ser, AI CARALHO, SÃO ZUMBIS, CORREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE !!








2 comentários:

  1. Hariel, você é gênio!
    Ainda bem que meu tio atrazou, deu tempo de ler o post!

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  2. Todo o cenário que vc montou enquanto passava pelo momento melancólico ficou muito bom! Já disse que você é um gênio! E quem disse que não podia ficar pior? SÃO ZUMBIIIIIIIIIS! rsrs

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